A CERTAIN SLANT OF LIGHT
There's a certain slant of light,
On winter afternoons,
That oppresses, like the weight
Of cathedral tunes.
Heavenly hurt it gives us;
We can find no scar,
But internal difference
Where the meanings are.
None may teach it anything,
'Tis the seal, despair,-
An imperial affliction
Sent us of the air.
When it comes, the landscape listens,
Shadows hold their breath;
When it goes, 't is like the distance
On the look of death.
Emily Dickinson
Há uma certa inclinação da luz,
Nas tardes invernais,
Que oprime, como o peso
Do dobrar dos sinos nas catedrais.
Celestial ferida ela nos impõe,
Sem nenhuma cicatriz ofertar
Salvo a interna diferença
Onde os sentidos vêm a se encontrar.
Ninguém nada pode lhe ensinar,
Ela é o selo, o desespero,
Uma aflição imperiosa
Enviada a nós do ar.
Quando vem, a paisagem se põe a escutar,
As sombras detêm o fôlego;
On winter afternoons,
That oppresses, like the weight
Of cathedral tunes.
Heavenly hurt it gives us;
We can find no scar,
But internal difference
Where the meanings are.
None may teach it anything,
'Tis the seal, despair,-
An imperial affliction
Sent us of the air.
When it comes, the landscape listens,
Shadows hold their breath;
When it goes, 't is like the distance
On the look of death.
Emily Dickinson
Há uma certa inclinação da luz,
Nas tardes invernais,
Que oprime, como o peso
Do dobrar dos sinos nas catedrais.
Celestial ferida ela nos impõe,
Sem nenhuma cicatriz ofertar
Salvo a interna diferença
Onde os sentidos vêm a se encontrar.
Ninguém nada pode lhe ensinar,
Ela é o selo, o desespero,
Uma aflição imperiosa
Enviada a nós do ar.
Quando vem, a paisagem se põe a escutar,
As sombras detêm o fôlego;
Quando vai, é como a distância
do olhar da morte a passar.
(There's a certain slant of light, poema de Emily Dickinson,
do olhar da morte a passar.
(There's a certain slant of light, poema de Emily Dickinson,
traduzido por Fernando Campanella)
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