quarta-feira, 15 de setembro de 2010



EU NÃO SINTO A SOLIDÃO
 

É a noite desamparo
das montanhas ao oceano.

Porém eu, a que te ama,
eu não sinto a solidão.

É todo o céu desamparo,
mergulha a lua nas ondas.

Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão.

É o mundo desamparo,
triste a carne em abandono

Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão.

 

Gabriela Mistral, 1924
Tradução de Pedro Amaro Filho

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