segunda-feira, 24 de maio de 2010

PLATÔNICO

E pisavas a beira da praia
Bem onde o mar te beijava os pés
Numa reverencia á tua majestade.

De onde me encontrava era o paraíso
Com um de seus anjos a passear
Busto nu e olhar mergulhado no mar.

A tua cadencia marcava a areia
E tuas marcas escreviam poesias
Teus pés desenhavam estradas.

Estradas que eu queria seguir
Olhos fitos em teus contornos
Perdido que estou por tua beleza.

Parecendo adivinhar sorris
Não sei se para mim ou de mim
Embora saibas a tortura que me és.

Insistis em ser paisagem e meus poemas
Pois sabeis que de ti eu sou devoto
E não te nego a partitura dessa rima.

Santaroza

Nenhum comentário: